Com o falso rótulo de “emissoras comunitárias”, muitas pessoas e entidades têm posto no ar emissoras de FM de potências muito acima daquilo que a legislação inicial existente sobre o assunto permitia. Assim, os 5 W de potência máxima não são respeitados bem como a altura máxima das torres. Temos visto transmissores de até 500 W (!) com torres que chegam a 40 metros, na rota de aproximacão de aeronaves no Aeroporto de Guarulhos!
Mas, não é somente a potência que causa problemas. Os transmissores usados não têm qualquer controle de qualidade, normalmente são montagens caseiras precárias que acabam por ter seu sinal espalhando por um espectro que se estende muito além da faixa de FM.
É exatamente aí que temos o ponto crítico. A faixa destinada às comunicações entre torre e aeronaves e o sistema de balizamento dos aeroportos opera na faixa que vai dos 108 MHz a 136 MHz, ou seja, justamente acima da faixa de FM. Dessa forma, um transmissor de FM descalibrado, e não precisa ser muito potente, pode ter sinais espúrios na faixa de aviação, interferindo dos equipamentos de aproximação e comunicação das aeronaves, conforme mostra a figura 1.
E, para que um transmissor emita sinais espúrios e harmônicas não é
preciso muito. Basta que os circuitos das etapas osciladora e de
amplificação não sejam bem ajustados para que isso ocorra. A
inexistência de filtros de saída que eliminem harmônicas e espúrios
também causa problemas, e o próprio sistema de antenas e cabos mau
dimensionados também é origem de problemas.
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Abraços
Benedito Ubiratã